O futuro da comunicação nas empresas é muito promissor. Ainda assim, hoje em dia, na comunicação empresarial, vemos ações fragmentadas, isoladas, praticadas por fornecedores que não conversam entre si e que seguem estratégias também fragmentadas de ação. Essa visão da comunicação empresarial está fadada ao fracasso, especialmente por que vivemos na era da comunicação pelas redes sociais, o que exige uma abordagem única e estruturada.
Novo modelo
A imagem ao lado traduz a forma que considero ideal para a comunicação empresarial nos dias de hoje. Isso porque a empresa e seus conteúdos estão no centro de um vasto processo de comunicação.
Assessoria de imprensa
De modo geral, as assessorias de imprensa focam suas atividades na produção de textos. Os textos são importantes? Sim, mas não estão mais no centro do cenário. Outro grave problema das assessorias de imprensa tradicionais é que elas produzem comunicados que beiram o “publicitário”. Quer um exemplo? Imagine a assessoria de imprensa de uma escola de arte cuja principal atividade é divulgar textos com títulos mais ou menos assim: “Escola de arte lança curso de fotografia”, “Escola de arte lança curso de design de interiores”, “Escola de arte lança curso de moda” e assim por diante.
Esta abordagem é antiga e ignora que esse tipo de conteúdo não é “jornalístico” e sim publicitário. As propagandas na TV fazem essas afirmações. Por isso, esse material tem aproveitamento muito baixo na imprensa, uma vez que os veículos de comunicação entendem que essa abordagem é publicitária e que, sendo assim, a tal “escola de arte” deveria investir em propaganda. A atividade de assessoria de imprensa do presente e do futuro é aquela que produz conteúdo de fato, notícias, matérias, que atraiam o interesse do jornalista para o conteúdo. Você pode divulgar um curso de fotografia mostrando que, agora, muitas profissões usam essa técnica, como engenheiros, dentistas, médicos e até cirurgiões.
No caso dessa mesma escola de arte, a abordagem mais eficiente da assessoria de imprensa seria divulgar conteúdos em formato de notícias como, por exemplo: “Plano B de profissionais tradicionais é estudar design de interiores”, ressaltando o fato de que advogados, engenheiros, arquitetos e até profissionais de finanças estão abandonando carreiras tradicionais para investir em formação nas áreas de design de interiores, de moda, fotografia e até animação e games.
A divulgação de notícias como essa, que é absolutamente verdadeira, pode ser inspiradora para que outros profissionais que se sentem infelizes em suas carreiras busquem cursos em design. Como a fonte da matéria são os professores e até alunos da escola de arte, criamos uma notícia que é mais divulgada pelos veículos de comunicação e fatalmente se traduzirá em mais alunos para a escola. Imagine agora isso tudo em vídeo!
Vídeos para Youtube
Poucos profissionais de comunicação sabem, mas o Youtube é a segunda ferramenta de busca mais usada no mundo, perdendo apenas para o Google. E por que isso? Porque muitas pessoas querem ver conteúdo no formato de vídeo, especialmente quando a situação exige aprender “como fazer”. Veja que interessante: produzimos um conteúdo para a imprensa em formato de texto mostrando profissionais que estão abandonando profissões tradicionais como Direito, Arquitetura e Finanças para enveredar por uma carreira em arte. Então, que tal produzir um vídeo com um aluno da escola mostrando como essa nova carreira mudou sua vida?
No vídeo abaixo você vê um exemplo dessa abordagem, com uma entrevista com Catia Goffinet, aluna de Artes Plásticas da Panamericana, além da advogada e administradora.
Este vídeo ajuda outros profissionais a avaliarem a possibilidade de enveredar por uma nova carreira, que os torne mais felizes e realizados. Esta conceito de comunicação é diferente daquele surrado press release tradicional, que incita as pessoas a se matricularem em um curso. Pelo contrário: este vídeo mostra para pessoas infelizes em suas profissões que há outras possibilidades a partir dos cursos da escola de arte.
Vídeos jornalísticos e informativos
A comunicação por meio de vídeos jornalísticos é importante pois é totalmente diferente do anúncio publicitário. No vídeo jornalístico passamos informações reais, ajudando as pessoas a tomarem decisões conscientes. Na publicidade, lidamos muitas vezes com o ideal ou imaginário, o que pode não ser motivador para pessoas práticas.
Outra questão relevante com os vídeos: que assiste um vídeo na Internet tem interesse naquele conteúdo. Além disso, o fato de termos vídeos mais vistos e vídeos menos vistos, ajudam nossos clientes a entender melhor quais são as principais demandas do mercado, ou seja, o que as pessoas estão buscando mais? Fotografia? Moda? Animação? Criação de móveis?
Redes Sociais
De modo geral, a maioria das empresas trata as redes sociais como “canais de divulgação de produtos e serviços”. Essa abordagem tem a ver com a visão publicitária de muitas agências que cuidam dessa comunicação, mas, para variar, trata-se de uma abordagem errada.
Redes sociais são, essencialmente, relacionamento e precisam ser encaradas dessa forma para que tenham sucesso. Vamos voltar ao exemplo da escola de arte: quais são os públicos de uma escola assim? Os alunos, sem dúvida. Mas há também os professores. E, para além dos professores, as empresas que se relacionam com a escola e que buscam profissionais de artes, design, fotografia, moda ou animação.
Então, nesse sentido, uma escola como essa, que use as redes sociais exclusivamente para divulgar seus cursos, deixará de falar com praticamente todos os seus públicos, uma vez que boa parte dos seguidores da página já são alunos e os demais públicos não vão se interessar por propaganda de cursos. Um adendo importante é que essa escola já tinha investimentos em publicidade duas vezes por ano, investimentos esses que deixaram de dar resultados há pelo menos 10 anos. Por que? Simplesmente porque o público jovem, comprador potencial dos cursos, não vê mais TV aberta. Muitos sequer assistem TV a cabo, optando por coisas como Netflix e Youtube, tudo via Internet.
A comunicação via redes sociais não pode se limitar a posts com imagens vendendo produtos e serviços, mas precisa ir além, envolvendo os públicos de interesse da empresa ou instituição, dando voz aos clientes, respondendo mensagens e estimulando os clientes a conhecer produtos e serviços via mensagens.
Apenas para concluir a abordagem das redes sociais, a maioria das empresas que produz conteúdo para redes sociais de empresas se limita a posts nas páginas da empresa. Essa é uma abordagem muito limitada, uma vez que há milhares de grupos nas redes sociais que podem ter interesse em conteúdos da empresa. Voltando ao exemplo da escola de arte, há vários grupos de fotografia, artes plásticas, design, animação e games, entre muitos outros, que curtiriam os conteúdos informativos dessa escola. Por essa razão, nossa abordagem das redes sociais implica, também, em publicar os conteúdos jornalísticos que produzimos para nossos clientes também em grupos de interesse nas redes sociais, incluindo Facebook, Twitter, Google Plus e LinkedIn.
Palestras
Sabemos que muitas empresas, especialmente as voltadas para a área de conhecimento, como consultorias, institutos, fundações e associações, vendem seus produtos e serviços por meio de palestras presenciais. Algumas, timidamente, começam a investir na transmissão de palestras presenciais via Internet, em dias e horários predeterminados.
No entanto, o avanço da comunicação em rede e o sucesso de fenômenos como Youtube e Netflix, por exemplo, mostram claramente que as pessoas preferem ver os conteúdos que desejam na hora em que podem ou têm interesse. Não em horários determinados. Assim, substituir um evento presencial por sua transmissão pela Internet em determinado dia ou horário de nada adianta, uma vez que as pessoas querem assistir determinados conteúdos no horário que acham mais interessante e que quase nunca é às 15h de um dia de semana.
Por essa razão, a melhor solução é a educação corporativa “on demand”, ou seja, oferecimento de palestras pré-produzidas via Internet, que a pessoa assiste quando e onde desejar. O LinkEDU é o resultado dessa aposta.
Neste formato, há foco total no conteúdo, com integração criativa de vídeo com slides, criando opções inteligentes de troca de informações entre palestrantes e assistentes. Mais ainda: a divulgação desse tipo de conteúdo se dá tanto via assessoria de imprensa como pelas redes sociais, uma vez que a pessoa pode acessar a palestra por meio de um clique.
Além disso, plataformas como o LinkEDU, por exemplo, permitem conhecer as pessoas que acessam sua palestra, possibilitando um contato mais qualificado com essas pessoas depois que elas visualizam o conteúdo. Este tipo de ação pode ser totalmente integrado a um evento presencial, uma vez que as pessoas podem ter acesso a conteúdos de eventos presenciais mesmo depois que esses eventos terminam.
O formato webinar permite, por exemplo, que instituições ou associações que não conseguem fazer eventos presenciais, em função de seu custo e complexidade, possam criar congressos virtuais com 5, 10 ou mais palestras, que podem ficar no ar ao longo de um ano, gerando visualizações, contatos e oportunidades de negócios.
Conclusão
Este breve passeio pelas possibilidades que as redes sociais abrem para a comunicação corporativa mostra, claramente, que muita coisa mudou e que, via de regra, as empresas não estão sabendo aproveitar em função do fato de que têm fornecedores antiquados, como assessoria de imprensa que focam conteúdo exclusivamente em texto e em formato inadequado.
Frequentemente me perguntam se as atividades da Future Press são “caras”, uma vez que integram assessoria de imprensa, vídeos jornalísticos para YouTube e conteúdo para redes sociais informativo . E em todos os casos eu mostro que pelo valor que essas empresas pagam para suas assessorias de imprensa elas poderiam ter um amplo processo de comunicação integrado. Para ter sucesso com a comunicação empresarial ou corporativa é preciso alinhá-la aos novos tempos. E para fazer isso, é importante conversar com quem já atende empresas com esse modelo de atuação.